Excita-te?
Preencha, pois, esse espaço
A lacuna que te sobra
Entregue-se ao vão das descobertas
das coisas mais arbitrárias
Mergulha em seu próprio zelo
e destrua-o.
Deixa esvaírem as sensações
fluidas, e flutue com elas
Não dê abertura ao fatídico
transmuta-se!
Abrace a magnitude ritmada
Toque-a e sinta-a tão inócua
Quebre o rochedo e rompa o silêncio
Não se cale se te faz gritar
Percorra, discorra, recorra
Não espere, e apressa-te!
Pois é iminente...
Não existe inquisição
nem infortúnio algum que delimite a alma
e sua avidez.
Contemple teu desejo,
'permitase'! [28.01.06]